Sejam bem vindas e bem vindos para conversa regada a uma boa xícara de chá.Qual o seu preferido?


quinta-feira

Organizar é preciso

Independente de conhecer a arte milenar do Feng Shui, organizar é preciso. E isso no fundo todos sabemos.
Estou num processo tão desesperador de ter as coisas em ordem que estou até com medo de acabar desfazendo de algo realmente necessário.

Estou na vibe do "se não usa por seis meses", joga fora (doar também vale).

Já faz algum tempo que percebi que ter na geladeira só o que vou usar logo, além de ter comida fresca, parei de correr o risco de ter coisas estragadas. E isso me deu um bom alívio tanto no bolso como no coração. (não seria na razão?...)
Ter menos significa não perder tanto tempo na manutenção. Por que vamos combinar...ficar horas e horas espanando, polindo,re-colocando no lugar...poderíamos estar em outra atividade muito mais prazerosa. A não ser que você seja workhoolic e tenha TOC nefasto por limpeza ferrenha, daquela que caiu um pozinho e você já está surtada com o cachorro,com o marido com o filho.

Roupas - é outra coisa que em geral as pessoas são mais resistentes a se desfazer,principalmente se não vivem mudando de manequim. Ou então moram em lugar com estação definida e guaram para usar no frio, no verão (férias).
Minhas roupas uso até o finzinho mesmo. E já está na hora de serem descartadas. Já deram o que precisavam. Acabou o ciclo delas.
Dias desses abri o baú de livros e fiquei muito satisfeita por ter descoberto que está limpo,organizado e atualizado. O que está lá dentro ( e tem espaço) é  o que fica mesmo. Até estava com vontade de me desfazer de um bom número de tarefifas escolares dos filhos,mas quando a filha viu suas coisinhas de jardim,se agarrou,ficou babando, toda orgulha de si,de seu feitos na mais tenra idade e eu...? Desisti da ideia. Depois guardamos e é isso. Algumas coisas ficam mesmo. Mas só algumas coisas! Não todas!
O baú de artesanato também está limpo de coisas. Só o necessário para um dia produzir algo (oi? estou me contradizendo na história do "se não usa por seis meses"? Não, alí tem investimento e não seria lógico jogar fora ou doar para alguém que nem usaria mesmo), como velas, biscuit. Coisas que já me deixaram muito feliz, rendeu dinheiro, prazer e a satisfação de ter criado, by myself.

Hoje vou organizar o armário de louças,plásticos e afins. Muita coisa vai sair de lá. Só deixar o que uso mesmo. Não aguento ver tanta tampa, copinho de requeijão e outros "bregueços".

Organizar é preciso. Economiza tempo, não cansa e ainda dá uma sensação de mais beleza a volta. E se está dentro de armários e gavetas, nos dá a sensação que a vida está em ordem em todos os aspectos.

Peguei essa foto desse blog  e tem uma postagem com ideias de muitas formas de organização.

sexta-feira

Um fim ou um intervalo para a próxima temporada?


E a minha Beijinho se foi.
O que fica forte nessas horas? É a lembrança de que ao menos no mundo ocidental não estamos preparados para a morte, que ironicamente é a única coisa que temos certeza que vai acontecer a todos!
O que não importa agora?
É questionar porque fiquei doente convalescendo ainda muito fraca, sob os cuidados de minha mãe na casa dela e ter que “largar” os cuidados diários do gatil nas mãos da minha filha adolescente. Não questionar porque não tinha dinheiro para comprar de imediato o remédio correto, e não tentar “salvar” a situação com o que eu tinha em casa até o dia de ter dinheiro para poder levá-la ao atendimento veterinário. É não questionar porque uma gata que nunca saiu de casa, nunca pisou na calçada ou subiu em muros, teve contato com gatos de rua e teve uma infecção tão forte. Ao menos teoricamente não teve contato com gatos de rua, lembrando que resgatei duas e pus dentro de casa. Também não serve de nada questionar porque eu nunca consegui vaciná-la com a tríplice. E não questionar a “coincidência” dela apresentar o mesmo quadro que quase me levou daqui:plaquetas baixas!!!
Não é hora de questionar!!!
Não vai trazê-la e nem aliviar em nenhum segundo cada dor que sentiu!
A dor da saudade, a dor da decisão a ser tomada numa tentativa louca de amenizar o sofrimento da minha bebê, é o que grita agora.
Catar os últimos pelos que vieram grudados na minha blusa numa homenagem num vínculononsense de ter literalmente um pedacinho dela para sempre.
E me agarrar num desespero visceral no consolo de que fui privilegiada por tê-la na minha vida. Por ter o motivo da saudade de nossos joguinhos: “Cadê a minha Beijo? Cadê a minha Beijona? Cadê a minha coelha sem orelha?” De lembrar do miado rouco, que nenhum outro gato teve antes...
De poder esboçar um sorriso meio sem graça,meio forçado em lembrar disso. Ela nasceu dentro da minha casa e aqui dentro foi rainha absoluta.
De poder agradecer que ela tenha morrido nos meus braços, onde antes a cheirei e ela tinha um cheiro doce. E acreditar que é possível cumprir a promessa de que um dia nos veremos de novo.
Nessa luta dentro do Vakinha* alguns casos tem êxito, outros chegamos “tarde”. Vakinhas e Vakinhos eu tenho forças e fé para dizer que nessa vida onde a morte é a única certeza, termos o poder de senão salvar,mas dar um fim digno a esses serem encantadores que nos ensinam tanto, cada um com sua personalidade caracterísitca ÚNICA é precioso.


www.vakinhapermanente.com.br *
www.vakinhapermanente.blogspot.com

Como o bambu

As vezes tudo sai bem ao contrário do que planejamos.
E nessas horas cabe o ditado oriental onde fala que o bambu diante de uma tempestade,não se opõe,mas sim se enverga,o mais flexível e assim não se quebra diante a fúria do vento.
No final do ano passado eu tinha planos bem definidos, comecei o ano botando em prática e tive que fazer modificações radicais, como trancar a faculdade.
Então com o plano B em execução vem um baque uma virose que ainda não sei afinal o que eu tive (aguardando o resultado dos exames) e me fez rever tudo na minha vida. Afinal passei um sufoco,achei que ía morrer por causa das plaquetas caindo vertiginosamente. Não é forma de dizer, eu achei sim que ía morrer.
E se o destino assim o quer, que eu mude tudo de novo assim farei, me envergarei...

quinta-feira

Sabores de infância

Quando eu vim pela segunda vez ao nordeste passar férias, voltei para a baixada santista com um sabor diferente, diferente e o que podemos chamar "confort food". Doce de coco com rapadura, servido na folha de bananeira, feito pela minha avó materna a D. Modesta.
Tenho a graça de ter minha vozinha viva e lúcida, hoje contando com 83 anos. Ela não vai mais para a cozinha. Agora é hora de descanso. Teve uma vida toda dedicada a família com muita luta, sem conforto,vivendo num sítio. Mas de um coração!!! Quando chegavam netos na casa dela tinha um disposição de fazer o doce ou a comida que fosse pedido.
Saudades de tempos bons...