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terça-feira

O natal está chegando. Passei minha infância assistindo aos Natais norte-americanos e europeus pelos filmes da Sessão da Tarde. E é essa imagem que tenho em minha mente. E frustrada por nunca ter sabido o que é neve!! Pode ser um momento meramente comercial, mas é tudo tão lindo! O colorido das roupas para se destacar na neve, as comidas o clima de troca de presentes, férias. E então, os idiotas dos editoriais de revista, todo ano publicavam as mesmas receitas com as nozes, avelãs e muita comida gordurosa que não tem nada a ver com o calor de 30.ºC abrasantemente brasileiro.
Depois veio uma galera levantando a bandeira das saladas, muitas frutas e carnes light para nossa mesa, lembrando que o menu deles é compatível com a época em que se encontram. São comidas mais "quentes" para ajudar a manter a temperatura do corpo nesse período gelado.
Sempre sonhei em ter uma árvore de Natal enorme, vi somente duas e toda minha vida em ambiente doméstico. A primeira, eu estava com 15 anos, na casa dos patrões de minha tia que eram estrangeiros. A estrelinha na ponta da árvore quase batia no teto. E o teto era alto. Aos pés dela, repleto de presentes. Fiquei pasma. Igual criança quando vê algo que é fantástico para ela, sabe?
E para mim aos 15 anos aquela árvore era fantástica para mim. Depois, minha tia explicou, que os presentes eram comprados aos longo do ano. Anotados os nomes e guardados em algum armário da casa. Depois re-embalados e postos no pé da árvore.Sim, haviam aqueles comprados na proximidade da época. minha primeira árvore, fiz na véspera do Natal em 1999. Foi especial porque estava na minha casa que tinha construido em setembro daquele ano. Esse ano fiquei tentada a comprar uma de R$99,00 aqui na cidadezinha onde moro. Cara! Mas, trazer da capital...dá trabalho. Mas tenho outros projetos para o dinheiro do fim de ano. E depois tem os enfeites...blá, blá, blá...lá,lá,lá...
Minha referência da árvore é pagã. Quando o inverno chegava a única árvore verde que se mantia firme e forte na Europa eram os pinheiros, como forma de esperança, que um dia o inverno iria embora. O inverno era uma tempo de incerteza para os celtas, tinha que abater as criações e viver pelo rigoroso tempo com o que colhiam e conseguiam conservar. Também era tempo de introspecção de um "fechado para balanço". Tempo de se recolher. Natal para mim é isso, é uma mistura do colorido comercial , os comerciais da Coca-cola são um luxo, e o Yule puramente pagão.

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